Vivinho iniciou a sua carreira um pouco tarde, em 1982, aos 21 anos de idade. Ele foi fazer um teste no Uberlândia Esporte Clube (UEC), passou e foi contratado. Mas foi em 1984 que começou a despontar no cenário nacional, defendendo o UEC, onde foi campeão da Copa CBF, inclusive marcando o gol do título no primeiro jogo da final contra o Clube do Remo (PA). Em meados de 1986, ele foi contratado pelo Vasco da Gama, no qual teve suas maiores glórias no futebol, sendo campeão carioca em 1988 e campeão brasileiro em 1989.
Um dos fatos que marcaram a história do jogador no clube aconteceu no jogo contra a Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro de 1988, em 11 de setembro, quando recebeu uma bola na área do adversário, deu três “lençóis” no volante Capitão e completou para o gol. O lance rendeu até placa no estádio de São Januário. Também foi durante sua passagem pelo Vasco que Vivinho chegou à seleção brasileira, em 1989, que defendeu em quatro partidas, marcando um gol.
Vivinho ainda atuou no Botafogo, Atlético Paranaense, Goiás, voltou ao Uberlândia, jogou no Fortaleza e encerrou a carreira na Cabofriense em 1997. Hoje, aos 50 anos, Vivinho vive no Rio de Janeiro, onde leva uma vida simples, mas continua ligado ao futebol.
Sou professor de escolinha de futebol em núcleo do Vasco e atuo como pastor de uma igreja
Como você destaca a sua história no futebol, do início no Uberlândia Esporte até chegar ao Vasco?
Com certeza são duas equipes muito importantes. O Uberlândia me projetou para o Vasco, que me projetou para o Brasil. Por isso, sou sempre grato aos dois clubes.
Você marcou o gol mais importante da história do UEC e fez um dos gols mais bonitos do Vasco, em São Januário, tanto que foi homenageado com uma placa em local de destaque no estádio.
O Uberlândia marcou muito pelo gol, pelo título. No Vasco, aquele gol valeu pela arte e pela beleza. São momentos que estão guardados na memória e no coração de todos nós.O coração é realmente vascaíno?
Sempre, sempre Vasco.
Como torcedor e ídolo da torcida vascaína, como você acompanhou as dificuldades enfrentadas pelo Vasco quando o time chegou a ser rebaixado para a série B?
O Vasco fez como Fênix, ressurgiu das cinzas, se reestruturou, a chegada do Roberto Dinamite à presidência motivou muito e aí está o resultado. O título da Copa do Brasil e a excelente campanha que está fazendo no Brasileiro. Com certeza o Vasco dará ainda muitas alegrias à sua torcida. Tanto que hoje é líder do Brasileirão.
Como você acompanhou o drama do técnico do Vasco, Ricardo Gomes, que sofreu um AVC hemorrágico durante o clássico com o Flamengo?
Uma situação muito difícil. Ficamos daqui torcendo e rezando pela sua recuperação e por sua volta, e, graças a Deus, ele está se recuperando muito bem.
Depois de passar pelo Vasco, Botafogo e outros clubes você voltou a jogar pelo UEC. Foi um erro essa volta?
Não considero um erro, mas o momento não era bom. O problema nem foi comigo, mas eu tomei as dores de outros e acabei deixando o clube. A vida é feita de bons e maus momentos, por isso, a gente tem uma história bonita para contar.
O seu filho, também chamado de Vivinho, joga no futebol amador de Uberlândia. Você já o viu atuando ou acompanha de alguma forma?
Ele tem um grande potencial e poderia estar jogando em um grande clube do Brasil, mas infelizmente a realidade é outra. Ele esteve comigo lá no Rio de Janeiro, acompanhei, mas, no ano passado, ele ligou dizendo que não ia mais jogar futebol. Então isso é coisa da cabeça dele, mas ele já mostrou desejo de voltar aos campos. Pelo potencial que tem, pode jogar em qualquer clube do Brasil.
Fonte: Jornal Correio - matéria por Luís Antônio Figueira
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