sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Por onde anda: Vivinho, ex-atacante do UEC, campeão em 1984

Vivinho iniciou a sua carreira um pouco tarde, em 1982, aos 21 anos de idade. Ele foi fazer um teste no Uberlândia Esporte Clube (UEC), passou e foi contratado. Mas foi em 1984 que começou a despontar no cenário nacional, defendendo o UEC, onde foi campeão da Copa CBF, inclusive marcando o gol do título no primeiro jogo da final contra o Clube do Remo (PA). Em meados de 1986, ele foi contratado pelo Vasco da Gama, no qual teve suas maiores glórias no futebol, sendo campeão carioca em 1988 e campeão brasileiro em 1989.

Um dos fatos que marcaram a história do jogador no clube aconteceu no jogo contra a Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro de 1988, em 11 de setembro, quando recebeu uma bola na área do adversário, deu três “lençóis” no volante Capitão e completou para o gol. O lance rendeu até placa no estádio de São Januário. Também foi durante sua passagem pelo Vasco que Vivinho chegou à seleção brasileira, em 1989, que defendeu em quatro partidas, marcando um gol.

Vivinho ainda atuou no Botafogo, Atlético Paranaense, Goiás, voltou ao Uberlândia, jogou no Fortaleza e encerrou a carreira na Cabofriense em 1997. Hoje, aos 50 anos, Vivinho vive no Rio de Janeiro, onde leva uma vida simples, mas continua ligado ao futebol.

O que faz o Vivinho atualmente?

Sou professor de escolinha de futebol em núcleo do Vasco e atuo como pastor de uma igreja

Como você destaca a sua história no futebol, do início no Uberlândia Esporte até chegar ao Vasco?

Com certeza são duas equipes muito importantes. O Uberlândia me projetou para o Vasco, que me projetou para o Brasil. Por isso, sou sempre grato aos dois clubes.

Você marcou o gol mais importante da história do UEC e fez um dos gols mais bonitos do Vasco, em São Januário, tanto que foi homenageado com uma placa em local de destaque no estádio.

O Uberlândia marcou muito pelo gol, pelo título. No Vasco, aquele gol valeu pela arte e pela beleza. São momentos que estão guardados na memória e no coração de todos nós.O coração é realmente vascaíno?

Sempre, sempre Vasco.

Como torcedor e ídolo da torcida vascaína, como você acompanhou as dificuldades enfrentadas pelo Vasco quando o time chegou a ser rebaixado para a série B?

O Vasco fez como Fênix, ressurgiu das cinzas, se reestruturou, a chegada do Roberto Dinamite à presidência motivou muito e aí está o resultado. O título da Copa do Brasil e a excelente campanha que está fazendo no Brasileiro. Com certeza o Vasco dará ainda muitas alegrias à sua torcida. Tanto que hoje é líder do Brasileirão.

Como você acompanhou o drama do técnico do Vasco, Ricardo Gomes, que sofreu um AVC hemorrágico durante o clássico com o Flamengo?

Uma situação muito difícil. Ficamos daqui torcendo e rezando pela sua recuperação e por sua volta, e, graças a Deus, ele está se recuperando muito bem.

Depois de passar pelo Vasco, Botafogo e outros clubes você voltou a jogar pelo UEC. Foi um erro essa volta?

Não considero um erro, mas o momento não era bom. O problema nem foi comigo, mas eu tomei as dores de outros e acabei deixando o clube. A vida é feita de bons e maus momentos, por isso, a gente tem uma história bonita para contar.

O seu filho, também chamado de Vivinho, joga no futebol amador de Uberlândia. Você já o viu atuando ou acompanha de alguma forma?

Ele tem um grande potencial e poderia estar jogando em um grande clube do Brasil, mas infelizmente a realidade é outra. Ele esteve comigo lá no Rio de Janeiro, acompanhei, mas, no ano passado, ele ligou dizendo que não ia mais jogar futebol. Então isso é coisa da cabeça dele, mas ele já mostrou desejo de voltar aos campos. Pelo potencial que tem, pode jogar em qualquer clube do Brasil.

Fonte: Jornal Correio - matéria por Luís Antônio Figueira

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