O CAP até que foi longe !!!

Torcida do CAP no Parque do Sabiá

Na última quarta-feira, o Clube Atlético Portal de Uberlândia fez seu último jogo do ano, quando empatou com o Santarritense por 2 a 2, no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia/MG, uma partida que não valia mais nada para as duas equipes, pois ambas já estavam sem chances de classificação para a próxima fase. 

O técnico Gilson Batata, também um dos donos da equipe, afirmou que vai continuar com o projeto e pretende a partir de janeiro de 2012 retornar aos trabalhos, voltado para o juniores, quando pretende colocar o time no campeonato mineiro de juniores.

Eu acompanhei o CAP desde o começo de sua criação, inclusive quando era apenas uma ideia. Quem clicar na tag "CAP" que fica nos "Assuntos" saberá tudo desde quando Gilson Batata e Guilherme Ferreira apresentaram na rádio Vitoriosa a primeira vontade de começar a criação de um clube de futebol em Uberlândia (clique aqui). Muitos duvidaram que o time sequer iria ser criado. Por fim, quando começou, a maioria duvidou que ele também não passaria da primeira fase do mineiro. Basta ver o público inexpressivo dos jogos do CAP para entender o que estou falando. Quando as pessoas acreditam numa equipe, elas vão no jogo.

Vou ser sincero e até já falei isto pessoalmente para o Gilson Batata, que eu não acreditava que o Portal iria fazer uma boa campanha, nem acreditava que eles passariam na primeira fase. Pra mim, foi uma surpresa agradável. É muito fácil criticar quem tenta, difícil é tentar. O Batata e o Guilherme Ferreira (empresário e que foi diretor de futebol da equipe) tiveram pelo menos a coragem de tentar e lutaram muito para isto. Encontraram grande dificuldade, principalmente para conseguir patrocínios. A UNIPAC teve o seu mérito de ser o único patrocinador e mesmo eu não ganhando nada com isto, tenho que parabenizar o Leonídio Bouças por ser um incentivador do esporte uberlandense, já que também patrocina as categorias de base do Uberlândia Esporte Clube.

Acompanhei atentamente a campanha do Portal este ano no módulo II e posso assegurar que foram as baixas que a equipe teve para a segunda fase, com a perda de Bruno Bueno e Wertinho por lesões e as séries de contusões de Daysson. Foram jogadores muito importantes na primeira fase e a entrada de outros jogadores, que não estavam com o mesmo entrosamento (apesar de serem bons profissionais), atrapalhou o rendimento da equipe.

Confesso que não entendi o porquê do Gilson Batata ter tirado o Diego Carlos, que estava jogando muito bem na lateral e ter colocado o Ceará. Ele deve ter tido suas razões, mas isto refletiu em perda de entrosamento.

Na segunda fase da competição, o equipe teve apenas empates (5) e uma derrota. Se tivesse ganhado pelo menos duas partidas, estaria classificado para fase semifinal, que terá União Luziense disputando com Araxá a classificação para o Módulo II de um lado e Valério e Social disputando do outro, em mata mata. Duas destas equipes conseguirão o acesso.

Vamos torcer para que realmente Uberlândia possa continuar tendo dois times profissionais. A cidade comporta sim duas equipes profissionais, até mais. Espero que outros clubes amadores que chegaram a manifestar intenção de também profissionalizar tenham coragem de fazer a mesma coisa.