segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Jogadores do Verdão que fizeram história no futebol brasileiro

Batista, o quarto em pé, foi medalhista olímpico com a seleção brasileira
Grandes jogadores que fizeram sucesso no futebol brasileiro e internacional já vestiram a camisa do Uberlândia Esporte Clube (UEC) nestes 90 anos de história completados na quinta-feira passada (1º).

Alguns, como o zagueiro Batista, medalhista de prata pela seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Seul (Coreia do Sul), em 1988, o meia Tico, campeão da Copa Libertadores pelo Cruzeiro em 1997, e o atacante Vivinho, que também vestiu a camisa amarelinha e se destacou em grandes clubes, como Vasco e Botafogo, iniciaram suas carreiras no UEC.

Outros craques que defenderam a seleção brasileira e grandes clubes, como Dirceu Lopes, Oséas, Zé Mario, Xaxá, Dante e o saudoso zagueiro Moraes, também vestiram a camisa alviverde e se tornaram ídolos da torcida do Uberlândia Esporte.

Outros famosos, porém, passaram pelo UEC e não deixaram nenhuma saudade, como o atacante Viola, que fez história jogando por Corinthians e Palmeiras, e o lateral direito Josimar, ídolo do Botafogo, que foi titular na seleção brasileira na Copa do Mundo do México, em 1986.

Vivinho

Vivinho também jogou no Vasco e
Botafogo
O ex-atacante Vivinho é autor do gol mais importante da história do Uberlândia Esporte Clube (UEC), que deu o título de campeão brasileiro da Segunda Divisão (Taça de Prata – 1984) para o Verdão, em partida realizada contra o Remo no Estádio Parque do Sabiá. O ex-atacante, de 50 anos, mora atualmente no Rio de Janeiro, onde dirige uma escolinha de futebol em Cachambi e também atua como pastor evangélico.

“Depois de um cruzamento perfeito do Chiquinho (volante), eu peguei de primeira, dentro da grande área, explodindo o Sabiá. Foi uma coisa fantástica. Quanta felicidade e que saudade que dá”, disse Vivinho, que afirmou ter vontade de um dia retornar para Uberlândia e trabalhar no Verdão. “Eu só não voltei porque a minha esposa é daqui do Rio. Mas eu sou apaixonado pelo Verdão e gostaria muito de um dia retribuir tudo o que o Uberlândia me proporcionou na carreira”, disse.

Vivinho jogou no Verdão entre 1982 e 1986. Depois, ele foi vendido para o Vasco da Gama, clube no qual consolidou sua carreira vitoriosa. No clube cruzmaltino, conquistou um campeonato Carioca (1988) e um Brasileiro (1989). Em 1988, ele ganhou o troféu “Bola de Prata” dado pela revista “Placar”, como o melhor ponta direita daquele ano. O atacante tem uma placa no Estádio de São Januário, homenagem pelo gol feito contra a Portuguesa, pelo Brasileiro de 1988, quando deu três lençóis no volante Capitão. Vivinho também foi convocado seis vezes para a seleção brasileira, tendo marcado um gol.

Uma curiosidade em relação ao craque revelado pelo Verdão é que ele começou a carreira profissional somente aos 21 anos, depois de fazer um teste no Estádio Juca Ribeiro. Segundo o próprio jogador, ele achava que não teria futuro no futebol porque era muito magro. “No dia que mostraram para o Cento e Nove (técnico de 1984) que eu seria o centroavante do time no Campeonato Brasileiro, ele queria ir embora. Mas realmente eu não tinha biótipo físico para jogador, era raquítico mesmo. Em compensação, eu era muito rápido e habilidoso”, disse.

Batista

O ex-zagueiro Batista também é um dos heróis do maior título da história do Verdão (Taça CBF de 1984). Aos 50 anos, João Batista Jonas Santos, popularmente conhecido como Batista, mora em Belo Horizonte, onde trabalha como assessor parlamentar do deputado estadual João Leite. O jogador fez dupla de zaga no Verdão ao lado de Zecão e, após o título de 1984, foi vendido para o Atlético-MG, time pelo qual jogou até 1990. Em 1988, participou da campanha da seleção brasileira, medalha de prata na Olimpíada de Seul (Coreia do Sul), formando dupla de zaga ao lado de André Cruz. Em uma final histórica, o time brasileiro acabou perdendo para a União Soviética.

“Só não participei da Copa de 1990, na Itália, porque tive uma contusão no pé. Quando me recuperei, infelizmente, não reunia boas condições físicas”, disse o zagueiro. Ao todo, Batista teve 13 convocações para a seleção brasileira.

O zagueiro passou também pelo Guarani (de Campinas-SP) e Atlético-PR, antes de se transferir, em 1991, para Portugal, onde jogou mais seis anos, pelo Tirsense, time no qual encerrou a carreira. “O Uberlândia Esporte foi a base para tudo na minha trajetória. Foi no Verdão que me destaquei para o cenário nacional e sobre o qual procuro sempre saber o que está acontecendo. Torço para que volte a ser um time de ponta. Não tem um dia na minha vida que não me lembro do sonho que vivi em 1984 ao lado de grandes companheiros”, afirmou Batista.

Tico

Tico foi homenageado recentemente
pela diretoria do Cruzeiro
A exemplo de Vivinho e Batista, o meia Tico também foi criado nas categorias de base do Uberlândia Esporte. No Verdão, ele começou a carreira em 1992 e, após se destacar com a camisa alviverde, foi negociado com o Cruzeiro, onde foi campeão da Copa Libertadores da América, em 1997, atuando como lateral esquerdo.

Hoje, aos 40 anos, Tico não pode mais jogar futebol devido a seis cirurgias feitas no tendão do tornozelo direito, local onde sofreu a contusão que o tirou dos gramados, precocemente.
“A minha vida no futebol agradeço ao Uberlândia, clube que amo e que torço para que volte a ser grande. No Verdão vivi muitas alegrias e também muitas tristezas”, disse.

Em 2010, Tico foi homenageado em Uberlândia pela diretoria do Cruzeiro, pelo título da Libertadores de 1997. No Estádio Parque do Sabiá, ele tem uma placa em tributo a um dos gols mais bonitos da história do estádio, marcado em 1994 em uma partida contra a Caldense, válida pelo Campeonato Mineiro.

O CAMINHO DAS FERAS QUE PASSARAM PELO VERDÃO

Vivinho

Clubes e títulos

1982 a 1986 – Uberlândia (Campeão da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro em 1984)
1986 a 1990 – Vasco (Campeão Carioca e da Série A do Brasileiro)
1990 a 1992 – Botafogo
1993 – Atlético-PR e Goiás
1995 – Fortaleza
1996 – Uberlândia
1997 – Cabofriense (RJ)

Batista

Clubes e títulos

Uberlândia – Campeão da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro em 1984
Atlético-MG – Campeão mineiro em 1985, 1986, 1988 e 1989
Seleção brasileira – Medalha de prata na Olimpíada de Seul em 1988
Tirsense (Portugal) – Campeão da Segunda Divisão do Campeonato Português em 1992

Tico

Clubes e títulos

1996 – Campeão da Copa do Brasil pelo Cruzeiro
1996 – Campeão mineiro pelo Cruzeiro
1997 – Campeão da Libertadores pelo Cruzeiro
2001 – Campeão cearense pelo Fortaleza


2002 – Campeão Série B do Campeonato Brasileiro pelo Criciúma (SC)

2 comentários:

  1. Não podemos esquecer de um outro cracaço que passou pelo Verdão e também foi convocado pela seleção brasileira....
    Trata-se do goleiro Renato, que era regra-três no Flamengo, veio para o Verdão, jogou muita bola, foi levado pelo Atlético.MG e depois, de volta ao Flamengo, desta feita como titular, foi convocado uma vez...

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  2. Cadin, o Renato contou sua história no evento de quarta. Ele veio jogar um amistoso aqui pelo flamengo e conversaram com ele, um ano depois foi procurado novamente e veio jogar aqui. Se destacou no campeonato mineiro e foi contratado pelo Atlético Mineiro onde foi titular no único titulo deles na primeira divisão brasileira. Depois foi voltou para o Flamengo. Ele foi um dos goleiros convocados que participoram, pela seleção brasileira, da copa de 74 na Alemanha, juntamente com o Leão.

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