sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ilustres recordam grandes jogos do Uberlândia Esporte

Campeão Brasileiro 1984 da Taça de Prata (Série B do Brasileiro)

Em 90 anos de história, jogos inesquecíveis marcam a lembrança de jogadores, torcedores e integrantes da imprensa esportiva, que ao longo dos anos sempre estiveram lado a lado com o Verdão. 
As duas partidas contra o Clube do Remo (PA) na final da Copa CBF de 1984, maior conquista do clube, são de fato os jogos mais importantes nestas nove décadas, porém, outras páginas dessa história são citadas em depoimentos exclusivos feitos ao CORREIO de Uberlândia.

JOSÉ ELIAS CURY (ZECÃO)

Em 1980, o Uberlândia recebeu no Juca Ribeiro a equipe do Cosmos
Zecão, zagueiro campeão da Taça CBF em 1984, atualmente, trabalha como supervisor do clube. “O jogo inesquecível que vivi pelo Verdão aconteceu em março de 1980, quando recebemos o Cosmos de Nova York no Juca Ribeiro. O Pelé era o relações públicas do Cosmos e esteve presente no jogo. Tive a oportunidade de jogar contra craques fantásticos como Romerito, Carlos Alberto Torres e Beckenbauer. O Juca Ribeiro estava lotado. Foi um grande jogo, que terminou 1 a 1. O gol do Cosmos
foi marcado por um atacante da seleção italiana, Chinaglia. Já o nosso gol, por incrível que pareça, foi marcado pelo atacante Manoelzinho, que estava fazendo testes no clube.”

RENATO VALE

Ex-goleiro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1974, ídolo de grandes clubes do futebol brasileiro como Flamengo, Fluminense e Atlético Mineiro, Renato Vale fez história por onde passou. Antes de ter ajudado o Galo a conquistar o título mais importante de sua história, o de primeiro Campeão Brasileiro, em 1971, Renato começou a brilhar justamente com a camisa do Uberlândia Esporte Clube (UEC). Em 1968, foi comprado pelo Verdão do Flamengo, permanecendo até 1970, quando foi convidado pelo então treinador do Atlético, Telê Santana, para jogar no Galo. “O jogo do qual não me esqueço pelo Uberlândia foi justamente pelo Mineiro de 1970, quando conquistamos, se não me engano, um empate por 1 a 1 com o Atlético em Belo Horizonte. Neste jogo, eu fiz defesas muito difíceis e foi após este jogo que o Telê Santana, para a minha surpresa, me convidou para jogar no Galo. Foi um jogo inesquecível sob todos os aspectos.”

DIRCEU LOPES

Dirceu Lopes é considerado o segundo maior artilheiro da história do Cruzeiro, tendo marcado 224 gols com a camisa celeste. Em 1978, foi contratado pelo então presidente do Uberlândia Esporte, José Aparecido Martins, o Cidão, para a disputa do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão e permaneceu até 1979, ano em que o UEC terminou em nono lugar na competição. “Teve um jogo inesquecível, no Juca Ribeiro, contra o Uberaba, acho que em 1978, se eu não estiver enganado. Nós estávamos perdendo por 2 a 0 e eu estava no banco por causa de uma contusão que estava me incomodando muito. Faltando 15 minutos para acabar o jogo, eu entrei no sacrifício, fiz dois gols e dei
o passe para o terceiro gol, artilheiro da vitória. O Juca Ribeiro veio abaixo.”

FAZENDEIRO (EDSON GONZAGA)

Profissionalmente, Fazendeiro atuou de 1963 a 1970 sempre vestindo a camisa do Uberlândia Esporte.
O apelido veio da época de criança por gostar de ir para a fazenda. Para ele, um dos jogos inesquecíveis em sua carreira aconteceu em 1963, primeira partida do Verdão contra o Cruzeiro em um Campeonato Mineiro. “Foi no Independência (BH), com o estádio lotado. Nós ganhamos por 2 a 0. Eu fiz o primeiro gol driblando vários jogadores e ainda dei o passe para o segundo gol, feito pelo Valtinho. Nosso time não foi campeão mineiro várias vezes na década de 1960 porque o pessoal da capital não deixava. Éramos roubados sempre”, afirmou.

LUIS ALBERTO TOMÉ

Tomé é comentarista esportivo que atuou por várias  emissoras de rádio e televisão de Uberlândia: “Aconteceram grandes jogos na história do Verdão, assisti a lances memoráveis, mas nada se compara ao jogo em Belém do Pará contra o Remo, quando o Uberlândia conquistou o título de campeão da  Copa CBF. Foi um jogo que superou tudo o que eu vi em termos técnicos, físicos e emoção. A pressão
que o Uberlândia sofreu no Pará foi absurda, não dá pra descrever com nada que vi em toda a minha vida. O lance do Zecão, faltando 15 minutos, tirando uma boa em baixo do travessão, foi espetacular. 
Ali eu vi que não tinha jeito e o Uberlândia seria mesmo campeão”. 

CAFIFA (NEUBER SILVA)

Em 1964, chegava para o Uberlândia Esporte, Neuber Silva, o lateral direito Cafifa, contratado pelo então presidente Renato de Freitas do Atlético Mineiro. “Em 1965, no Estádio Juca Ribeiro, fizemos um amistoso contra a União Soviética que foi inesquecível. No jogo atuei como lateral esquerdo e marquei o Metreveli, considerado o melhor ponta-direita do mundo naquela época. Perdemos por 1 a 0, mas eu fiz uma grande partida e consegui marcar o soviético”.

ODIVAL FERREIRA

Odival é narrador esportivo e atual assessor de imprensa do clube. “Em 1984, na partida que antecedeu aos jogos da final da Copa  CBF contra o Remo, o Uberlândia Esporte foi até João Pessoa (PB) enfrentar o Botafogo, time local e precisando vencer para avançar à final. O interessante é que em 1978, quando o Uberlândia participou do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, eu também narrei a partida em que o UEC foi goleado por 6 a 2 pelo Botafogo em João Pessoa. Fiquei naquela apreensão em relação ao que iria acontecer neste confronto de 1984. Mas não é que o Uberlândia, após seis anos, devolveu a goleada e venceu o Botafogo por 6 a 0? Foi fantástico e me lembro bem que o Maurinho, que marcou dois gols, só faltou fazer chover.”

EDVALDO VIEIRA

Edvaldo é o vice-presidente e um dos fundadores da Torcida Inferno Verde: ”Nunca vou me esquecer do jogo de acesso para a Primeira Divisão do Mineiro em 2005. O Uberlândia enfrentou o Social em Coronel Fabriciano em um campo horrível e sofreu uma pressão fora do comum para segurar o empate por 1 a 1 até o fim do jogo. No retorno para Uberlândia, acompanhamos o time em uma carreata puxada pelo caminhão dos Bombeiros e ainda fizemos uma batucada no gabinete do prefeito Odelmo Leão”.

Fonte: Jornal Correio

Um comentário:

  1. podia colocar essa foto do tamanho original queria guardar no meu arquivo pessoal
    obg

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