Eleições UEC: o que esperar ?

Toda vez é assim: vão chegando as eleições da diretoria do Uberlândia Esporte Clube e isto mexe com o imaginário dos torcedores. Fica aquela expectativa que o próximo presidente acabe com a angústia da torcida alviverde, que há muitos anos não tem alegrias, muito pelo contrário.

Três chapas estão propensas a se lançarem candidatas, encabeças pelas seguintes pessoas:

- Guto Braga: atual diretor administrativo do UEC e representando a chapa da situação.

- Eduardo Anchieta: ex-presidente do UEC em 2002 a 2005.

- Elmo Siles: ex-presidente do UEC em 1982 a 1983 e por seis mese sem 1989.

O assunto nas rodas de discussão na cidade de Uberlândia é que o próximo presidente está com a missão de resolver definitivamente o problema do UEC: time de futebol. Na verdade, são poucas as pessoas que podem decidir quem será o próximo presidente: somente os sócios patrimoniais do clube, da Vila Olímpica e os sócios beneméritos (ex-presidentes).

Até o final do mês, o conselho deliberativo deverá afixar em um "lugar vísivel no clube" (art. 10 do estatuto), que provavelmente será na secretaria do clube, no edifício Walmaq, na rua Cruzeiro dos Peixotos, a relação daquelas pessoas que tem direito a voto. A apresentação desta lista interessa mais aos candidatos, que começarão a correr, na linguagem popular, "iguais uns doidos" atrás dos "eleitores" tanto para a formação de uma diretoria e conselho, quanto para apoio na hora de votar. 

Sinceramente, por mais que o torcedor fique ansioso para que se resolva esta questão de eleição e ficar novamente aquela expectativa do "agora vai", não vejo em nenhum dos três candidatos separadamente como os "salvadores da pátria". Nenhum deles tem exatamente o perfil ideal para que o nosso Verdão resolva de imediato seu problema dentro das quatro linhas. 

Todos os três candidatos são empresários, alguns mais bem sucedidos que os outros, mas no que se refere a futebol (o que verdadeiramente interessa ao torcedor),  tenho minhas desconfianças. Eu sei que  o internauta deve pensar que A ou B ou C sabe um pouco mais do que o outro, mas veja o perfil dos candidatos e me diga qual deles exatamente é o expert em montagem, condução de times e ainda por cima administrar bem o clube.

Não quero desanimar o torcedor, mas este também não pode se iludir com chapas e candidaturas ditas "salvadoras". A salvação do Uberlândia Esporte Clube deve passar por várias situações. A primeira é que todos os candidatos após o término das eleições se reúnam e elaborem estratégias em conjunto para o clube, com propostas que alavanquem definitivamente o departamento de futebol do clube e tragam de voltar a torcida para o estádio, com ingressos mais baratos e horários de jogos que não sacrifiquem quem fica na arquibancada. Não obstante a isto, o torcedor também deve fazer sua parte e apoiar as equipes montadas. Por fim, o Uberlândia precisa, urgentemente, ter uma pessoa que faça a interlocução "positiva" com a Federação Mineira de Futebol, seja na escolha de arbitragem ou na realização das tabelas dos jogos. 

Se não houver uma junção de todos estes fatores, a próxima diretoria encontrará sérias dificuldades de resolver este gargalo do clube, porque futebol sem dinheiro, sem apoio da torcida e com a arbitragem "inimiga" não é fácil e a torcida do Uberlândia Esporte Clube não aguenta mais tanto sofrimento.