Dei uma passada pela Vila Olímpica do Uberlândia Esporte Clube (UEC) e tive a oportunidade de ver de perto o Centro de Treinamento Ninho do Periquito, que é, sem dúvida nenhuma, de causar inveja a qualquer pessoa. Posso garantir que são poucos os clubes brasileiros que possuem uma estrutura como a que foi construída pela atual administração do UEC. O CT, que foi inaugurado oficialmente na última sexta-feira, possui alojamento para 32 atletas, vestiários, salão de jogos, academia, sala administrativa, moderna cozinha com refeitório e o mais importante, quatro campos oficiais, que até se parecem com uma boa mesa de sinuca. Sem sombra de dúvidas isso é “bola dentro”, ou seja, é ponto positivo para a diretoria.
No entanto, durante a visita que fiz, procurei o campo “Neiriberto”, ídolo da equipe nos anos 70 e não encontrei. Procurei também o campo “Reis”, atacante que fez grande sucesso na década de 1960 e ainda os campos “Vivinho” e “Zecão”, heróis da conquista da Copa CBF em 1984 e também não encontrei.
Andei um pouco mais e procurei os campos “Renato de Freitas”, “Aldorando Dias de Sousa”, “José Aparecido Martins” e “Pietro Carlo Palladini”, ex-presidentes que fizeram história no clube, mas também não consegui encontrá-los.
Conversei com um funcionário que estava no CT e ele então me mostrou os quatro campos, que receberam os nomes de Wilmar Ferreira, atual secretário municipal de Serviços Urbanos; Gilmar Machado, deputado federal; Luiz Humberto Carneiro, deputado estadual, e Odelmo Leão, atual prefeito de Uberlândia. Confesso que fiquei triste.
A diretoria batizou os campos com nomes de políticos que estão em evidência. Sei que eles já contribuíram e ainda contribuem muito para o fortalecimento do Uberlândia Esporte. Entendo que os quatro políticos, assim como tantos outros, merecem ser homenageados.
Wilmar Ferreira teve uma participação muito importante nas obras de construção do CT Ninho do Periquito. O deputado Gilmar Machado foi um batalhador na luta pela inclusão do UEC na Timemania. Luiz Humberto Carneiro também tem uma atuação positiva junto ao governo de Minas Gerais em prol do Uberlândia. Já o prefeito Odelmo Leão é um torcedor do Verdão, do tipo que pode se chamar de “torcedor de carteirinha”, que acompanha os resultados e quando pode vai ao estádio. Ele é daqueles que já enfiou a mão no próprio bolso para socorrer o UEC em momentos difíceis. Então são homens que têm uma participação importante na vida do clube e poderiam ser homenageados de outra forma.
Mas entendo que os campos, que são locais onde os atletas treinam e espaços onde o Uberlândia Esporte poderá preparar jogadores das categorias de base, deveriam receber nomes de ídolos que ajudaram na construção da história do time ao longo desses mais de 80 anos de existência. Citei Neiriberto, Reis, Vivinho e Zecão, mas poderia ser também, Dunga, Maurinho, Hamilton, Moacir, Chiquinho e muitos outros.
Estes foram jogadores que honraram o escudo verde-branco que carregaram em verdadeiras batalhas campais. Foram atletas que honraram o nome do clube e ajudaram a fortalecer o nome da cidade no cenário esportivo mineiro e nacional. Se os quatro campos fossem batizados com nomes dos craques que fizeram história no clube, os meninos que estão começando agora ou aqueles que já estão para entrar na equipe profissional, com certeza iriam conhecer a história de cada um, e ao entrar em campo se espelhariam no exemplo deixado por esses ídolos do passado. Por isso, entendo que batizar os campos com nomes de políticos foi “bola fora”, ou seja, ponto negativo para a diretoria.
Fonte: Jornal Correio, edição de 21.08.2011 - escrita por Luís Figueira
Normal, essa diretoria é mais ou menos, tudo que ela faz é mais ou menos, todas as suas atitudes são pensandas e muita delas de cunho pessoal. Concordo 100 % que ex jogadores deveriam ser homenageados, mas a diretoriazinha mais ou mens teima em fazer média. Achei que o campo iria se chamar Senador Zeze Perrela, aí sim a diretoria ganhar um 10, NOTA 10....
ResponderExcluirTudo que essa Diretoria faz é nota zero. Povo de Uberlândia corneta demais. Bom mesmo era antes, que não pagava ninguém, funcionário passava fome, oito meses se receber salários, o Presidente Campeão, que ganhou um TAÇA MG, título de grande credibilidade disputando contra Guaxupé, Araxá e Uberaba (uma draga na segundona na época) e que diz que não sabia de gato, não sabia de rato, não sabia de nada. Ê povo corneteiro.
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