A modernidade atinge a todos não obstante tentativas ou dissimulações contra o futuro e dentro do universo esportivo esta avança a passos acelerados. Discussões sobre os tais maiôs mágicos na natação, sapatilhas especiais no atletismo, modernas bicicletas no ciclismo e todo o aparato eletrônico. Utilizar olho humano neste novo milénio como forma única de verificar e validar quaisquer dos modos de pontuação em um esporte chega a beirar o ridículo, contudo, ainda existem algumas regras as quais necessitam interpretação humana por falta de vontade das autoridades. Para tais regras existe duas saídas, adaptar o esporte para o uso da tecnologia, ou, e em muitos casos o melhor é esta segunda hipótese, abandonar estas de uma vez por todas.
O impedimento ou fora-de-jogo é previsto na lei número 11 das dezessete leis do futebol. Enquanto a lei pode parecer simples, seus detalhes e aplicação podem ser complexos. Segundo o Wikipedia: A lei do impedimento foi regulamentada no ano de 1863, quando foram feitos os primeiros regulamentos oficiais da história do futebol. A regra dessa época dizia que um atacante, para não estar em posição de impedimento, teria que ter, pelo menos quatro jogadores a sua frente. O intuito da regra é evitar que um, ou mais atacantes permaneçam em frente ao gol do adversário, esperando pela bola, sem participar ativamente da partida.
A lei do impedimento é um dos maiores absurdos que a modernidade clama pela extinção. Com o avanço das técnicas de trasmissão utilizadas pelo televisão, ficou mais do que evidente a impossibilidade do homem em seguir marcando impedimentos. Invariavelmente os jogos de futebol tem sempre erros por causa desta regra. Jamais acontecerá um jogo sequer sem ao menos meia dúzia de impedimentos mal marcados ou não marcados. A tecnologia poderia auxiliar o árbitro, mas no caso da lei do impedimento, o ideal é deixá-la morrer.
As desvantagens desta regra nem sempre são faladas e mencionadas pela imprensa e crônica esportiva, porém a mesma volta e meia discute melhorias na regra. Melhorar o que perdeu a utilidade é se prender a paradigmas do passado remoto. Quando surgiu a televisão colorida, as tentativas de melhorar a televisão preto-e-branco deixaram de fazer sentido. O impedimento é, além de impossível de ser corretamente assinalado, uma bobagem do tempo que o futebol e rugby dividiam quase as mesmas regras., até acredito que o fato do futebol moderno ter nascido do rúgby no século dezenove e durante um tempo ter adotado as mesmas regras fizeram o impedimento ser idealizado, afinal no rúgby não é permitido passar a bola para um atleta da mesma equipe se este estiver na frenta da linha da bola. Hoje o impedimento perdeu o sentido e tem apenas o propósito de prejudicar o time que esteja atacando e trazer polêmica e desordem para o esporte bretão.
O que o impedimento traz para o jogo é favorecer por completo o time que estiver se defendendo, diminuir o campo real de jogo porque a linha de fundo passa a ser a posição do penúltimo homem, permitir resultados distorcidos por causa de marcações equivocadas, permitir um jogo mais amarrado e preso no meio-campo pelo diminuição do espaço livre, e, sobretudo, sustentar a estupidez desferida por tantos lunáticos quando falam e escrevem que uma das graças do futebol está nos erros de arbitragem. A regra de impedimento apenas traz benefícios para os times que se defendem o tempo inteiro e para uma nova classe, a dos comentaristas de arbitragem, além disso, as bobagens que costumam ser ditas na defesa desta regra, como por exemplo, que sem o impedimento um atacante ficaria parado na frente do goleiro o jogo inteiro, jamais serão postas em prática no moderno futebol onde todos só pensam em se defender e atuam com um monte de volantes. Caso alguém realmente tenha a coragem e audácia de deixar um atacante fora de jogo, perto da área do adversário, esperando um lançamento, este receberá os meus parábens, contudo eu dúvido que isto venha a acontecer.
Melhorar a regra é sempre uma possibilidade mais estudada do que a simples extinção da mesma. Talvez diminuir para apenas um jogador a frente do atacante para não termos impedimento, passar a considerar impedimento após a linha da grande área ou mesmo pequena área, entre outras idéias e sugestões já dadas, contudo, eu sou simplesmente favorável ao fim da regra por completo. Deixemos atacantes e defensores se entender sozinhos.
Este artigo gostaria de estar celebrando a morte da lei do impedimento, mas parece que esta ainda continuará existindo por algum tempo. Se alguém por estas bandas le e entende da língua francesa, bem que poderia traduzir este texto e enviar para o Sr. Michel Platini, presidente da Uefa, e alguém que eu considero poderia lutar pelo fim desta regra tão idiota quanto antiga.
Texto escrito por Grobsch em 04/09/2009
TA SEM NOTICIAS...
ResponderExcluirPARA DE ESCREVER...