terça-feira, 25 de setembro de 2012

Clube Atlético Portal e o amador de Uberlândia


É verdade que não são necessários rios de dinheiro para se fazer uma boa equipe de futebol. Saber contratar é mais importante do que ter dinheiro, até porque os jogadores de futebol quando descobrem que o time que está contratando tem muito dinheiro, cobram um salário maior e, no fim, um time que custaria 50 mil reais acaba custando 150 mil. Exemplo: Uberlândia Esporte Clube no módulo II 2012.

Mas o Clube Atlético Portal de Uberlândia (CAP) disputou a segunda divisão do campeonato mineiro sem quaisquer recursos de patrocínio. Tudo ficou por conta do empresário Ugladston de Paula, que aventureiro e empreendedor, acreditou no projeto e, infelizmente, não foi bem sucedido em seu primeiro ano no futebol.

Ugladston tentou fazer o mesmo que Gilson Batata no ano passado, ano de criação do Portal. Buscou convencer os jogadores do futebol amador de Uberlândia a jogar pelo CAP para realizarem o sonho deles de se tornarem jogadores profissionais. Acontece que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar e os jogadores não caíram na mesma conversa, até porque segunda divisão do mineiro não é vitrine para ninguém.

Com certeza se tivessem jogadores dos times que disputaram esta final do campeonato amador de 2012 na equipe do Portal, a situação da equipe uberlandense na terceirona seria bem diferente. Nomes, a título de exemplo, como goleiro Saulo, laterais Diego Carlos e Diego Ernanes, os meias Daniel Canela e Carlinhos Tatu e o artilheiro Haender, seriam excelentes opções para uma forte equipe.

Só que a remuneração do futebol amador chega a ser quatro vezes maior do que a oferecida pelo Portal (um salário mínimo por mês), sem falar que não há necessidade dos atletas manterem um ritmo de treinamento todos os dias, em dois períodos. Todos jogadores do amador tem outras atividades além de jogarem as competições da LUF.

De amadoras, as principais equipes da Liga Uberlandense de Futebol, tais como Guará, Tocantins, Rio Branco, América, Aurora e Guarany, não tem nada. Os custos da manutenção das equipes é altíssima. Está certo que eles não tem os gastos com treinamentos, hospedagem, ônibus, entre outras, que equipes profissionais têm, o que acabam compensando pagando altas remunerações para o atleta simplesmente disputar um jogo. Assim, os atletas fazem de tudo para não machucarem, porque se machucam, não recebem.

Concluo no sentido de que o Clube Atlético Portal tem que desistir de partir para cima deste mercado. Nunca conseguirá competir com as fortíssimas e bastante patrocinadas equipes do amador de Uberlândia. O recomendável é começar um forte trabalho nas bases, assim como o União (Paracatu/MG) vem fazendo e assim já ir montando um equipe desde o mirim até chegar o momento de lançá-los para o profissional.

Tenho outras sugestões para o Portal também, mas isto será objeto de outras matérias.

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