Efeito escada nas bases do Verdão

Desde a saída do técnico Ronaldo Alfredo do time de júnior do ano passado, apesar de ter levado a equipe para as quartas de final da Taça BH, ter ficado entre os 04 melhores no campeonato mineiro e classificado o UEC para a Taça São Paulo de Futebol Júnior, a política de escolha dos técnicos nas bases tem sido a de escada. 

Vou explicar.

Saiu Ronaldo Alfredo do júnior e para seu lugar entrou Carlão, que na época era o treinador do juvenil. Agora que o Carlão saiu recentemente, após a eliminação precoce na Copa BH de Futebol Júnior, o UEC promoveu Erick Moura, que estava no juvenil para ser técnico dos juniores,  promoveu Derlan que era técnico do infantil para ser técnico do juvenil e contratou um ícone na história do UEC, nosso querido Zecão, para ser técnico do infantil.

Este efeito escada, subindo os treinadores de categorias, não vejo como a melhor forma. De cara, fica até parecendo que quem está na categoria de base do infantil é subalterno do treinador do juvenil e o do juvenil é subalterno ao do juniores e assim vai.

Além do mais, esta troca se sucedeu bem na véspera do início da segunda fase dos campeonatos mineiros de cada categoria. De repente, Erick Moura se viu obrigado rapidamente a conhecer toda equipe do juniores e Derlan a conhecer toda equipe do infantil. Por mais que treinem perto um do outro, igual acontecia dentro das instalações do Parque do Sabiá, não é a mesma coisa que treinar cada um dos times. 

Ficou fácil para cada um dos treinadores arrumar uma "desculpa" em caso de um eventual resultado negativo. O Zecão, por exemplo, amargou um resultado negativo de um time que ele treinou por apenas duas vezes. Na véspera do início de uma fase importante da competição, achei forçada a substituição conjunta de treinadores. E vou mais longe, a questão começou errada lá atrás, quando injustamente demitiram o Ronaldo Alfredo, pois o UEC há anos não ia tão bem em categorias de base. Pra piorar, entendo que foi errado tirar o Carlão do juvenil, onde ele estava realizando um bom trabalho e colocar um técnico da experiência e do gabarito de Erick Moura para comandar o juvenil. O  Erick já deveria ter ido direto para o juniores, no mínimo, pois ele está desperdiçado (pra ele, porque para o Verdão é excelente) em categorias de base. Estava na cara que isto não ia dar certo e que uma hora as coisas iriam mudar.

O problema maior nem é tanto o efeito escada, mas o momento em que isto aconteceu. Mas agora já está feito e vamos torcer para que os treinadores tenham passado aos seus sucessores o máximo de informações possíveis e que não seja prejudicado o Uberlândia Esporte Clube. Por fim, é apenas minha opinião enquanto torcedor e graças a Deus os primeiros resultados foram positivos, com exceção do infantil.