O mistério da titularidade absoluta de um jogador

Por Renato Rodrigues

Os mistérios que rondam o futebol do Uberlândia Esporte Clube existiram nesta Taça Minas Gerais. Sempre teve no UEC e desta vez não foi diferente. Quem não se lembra da escalação constante de Léo Salino no meio de campo do Verdão na época de Wellington Fajardo. O destemido Caetano que sempre figurou como titular de Moacir Júnior. Estes dois a gente entendia porque estavam ali nos seus papéis de marcadores.

Só que neste segundo semestre de 2012 a torcida do Uberlândia ficou por entender como o atacante Charles (foto ao lado) foi o titular absoluto do time mesmo com troca no comando técnico da equipe. Enquanto era João Carlos Cavalo e o esquema do time era mais defensivo, até se entendia. Entrou Zé Humberto, que mudou a postura para mais ofensiva, estava ficando incompreensível no esquema um atacante que só sabia se defender. 

Era um a menos em campo no setor de ataque. Aí nossa força ofensiva que era para ser forte com três jogadores, pois Bruno Henrique sempre foi um meia atacante que chega por trás com velocidade, acabou prejudicado pela escalação de um atacante que, no fim das contas, sempre foi um volante de marcação. E olha que Charles sempre exerceu bem este papel de marcador.

Não estou falando isto agora depois que o barco afundou e saímos todos decepcionados do Parque do Sabiá no último domingo. Esta crítica já venho fazendo há tempos no programa RESENHA, nas transmissões dos jogos e até adverti o treinador antes deste jogo passado com uma matéria especialmente para falar do ataque. O problema do futebol é que quando as coisas estão dando certo do jeito errado, vem aquele ditado que em time que está ganhando, não se mexe.

Agora, com o anúncio da não renovação de contrato com Charles para o módulo II, Zé Humberto podia nos responder o porquê desta não renovação, se ele sempre foi titular absoluto.