Pés no chão nas contas do Verdão

No campeonato mineiro módulo II deste ano, o Uberlândia Esporte Clube literalmente abriu o caixa e como viu que era pouco, ainda usou cartão de crédito, cheque especial, empréstimo consignado e até mesmo crédito pessoal para tentar montar um time para conseguir o acesso para a elite do futebol mineiro. Além do fracasso de não conseguir sequer passar na primeira fase do campeonato, o UEC acabou acumulando uma dívida de 400 mil reais que será paga até o final do ano.

Diante disto, a realidade financeira para este segundo semestre é inversamente proporcional, até mesmo porque a do primeiro semestre foi ilusória. A condição dada pelo presidente Guto Braga que disputasse a Taça Minas Gerais era de que não fossem feitas novas dívidas e que o clube usasse somente o dinheiro captado dos patrocínios e dos projetos do Conselho Gestor e da associação AMO VERDÃO.

Em relação aos patrocínios, nosso amigo Sérgio Kennedy, que tem acompanhado as reuniões toda segunda-feira no CT Ninho do Periquito e afirma que existem alguns patrocínios bastante encaminhados, mas tudo coisa pequena, ou seja, não teremos nada espetacular em termos de patrocínio. Mas antes pouco do que nada, concordam?

No que se refere aos projetos do Conselho Gestor e da Associação AMO VERDÃO, eu estou muito otimista, mas isto não garante nada. Aliás, a diretoria só poderá trabalhar em cima dos valores captados e não baseada em projeções.

Por isto, a contratação dos jogadores para esta Taça Minas Gerais será diferente de outros tempos, quando a diretoria extrapolava o que gastava e deixava dívidas. Desta vez, será feito um arrocho nas contas, para que não fique comprometido o trabalho de montagem para o módulo II de 2013.

Sinceramente, eu acho isto um grande desafio para a gestão do presidente Guto Braga. Se ele seguir à risca será inédito, porque não me lembro - posso estar enganado, é claro - de um campeonato que o Verdão disputou e que não sobraram dívidas a serem pagas, tanto é que a diretoria atual paga dívidas de décadas de outras gestões.

O que será difícil é convencer os jogadores a serem contratados entenderem que a realidade financeira é outra, até mesmo os que estão sendo contactados novamente, como é o caso do lateral Ceará e do zagueiro Henrique. Hoje em dia os jogadores falam muito entre si pelas redes sociais e contam o quanto ganhavam nos times que jogavam. A fama do Verdão é de pagar bem e agora contratar com salário bem mais baixo será realmente um trabalho árduo para Ângelo Márcio, o novo gerente de futebol.

Mas, em situações como estas, onde há muitas dificuldades,  é que são extraídas as melhores soluções e estou confiante no nosso Verdão, mesmo ele 'pobrezinho' como virá para esta Taça Minas Gerais.

Força, Verdão, você é tradição !!!