A contratação do diretor de futebol Marcelo Araxá, após meses de negociação, é muito boa. Araxá tem um perfil de cobrança muito forte em cima dos jogadores e faz um acompanhamento necessário para verificar se não tem jogadores extrapolando em seus momentos de lazer. No Uberaba, o diretor fez um bom trabalho, conseguindo o bicampeoanto da Taça Minas Gerais e quase conseguindo acesso para a série C do campeonato brasileiro.
Como jogador, Marcelo Araxá já esteve no Atlético-PR, Londrina, Nacional/AM, Uberlândia, entre outros. Aliás, Araxá veio para Uberlândia como moeda de troca do atacante Oséas, que foi para o Atético-PR, em 1995.
O retorno ao Uberlândia Esporte Clube
“Eu fico feliz depois de muitos anos. Eu estive aqui como atleta, hoje como dirigente, sendo sabedor que a responsabilidade é muito grande. É um compromisso bom de se fazer. Ontem nós conversamos e expliquei que eu nunca trabalhei com documentação de atleta e registro. Aqui tem o Moraes que faz este trabalho de supervisão e documentação muito bem. A minha parte é contratação e acompanhamento de atletas. A parte de futebol, montando a equipe junto com o Moacir, será a minha responsabilidade.
O trabalho de contratação de jogadores
Comecei desde ontem, contatando vários jogadores. Conversamos com muitos, sem fazer loucura e sem pagar salários altos. Criou-se uma imagem que todo mundo que vem para o Uberlândia quer ganhar o dobro da realidade que é o salário dele. Um jogador que é de dois ou três mil, quer vir por cinco ou seis. Vamos tentar quebrar esta imagem. Vamos trabalhar a favor do clube. Jogador de 10 a 15 mil, você arruma todo dia. Tem jogador de 4 mil que quer ganhar as coisas. Ganhar 20 mil e ficar encostado com o salário, não queremos isto. Queremos jogadores competitivos, guerreiros, que vão campo e dão a vida para o time. Isto é um compromissso e é o que o torcedor quer. Vamos trazer jogadores com este perfil.
Relação Moacir Júnior & Marcelo Araxá
Algumas coisas que criam em torno das pessoas, é maldade. As pessoas não tem coração. Eu sou ser humano, tenho família. Joguei no Atlético Paranaense, fui do São Raimundo, do Londrina, do Araxá, revezei com o capitão Maurinho aqui no Uberlândia. Ele lembra disto. Sempre tive uma postura de ter liderança e é uma coisa natural do ser humano. Cada um nasce e Deus dá um dom pra ele. O Moacir tem um estilo e um jeito de trabalhar. É um cara que tem postura profissional e é sério. Juntos podemos fazer muitas coisas. Ele me entregou uma lista com as nossas carências. Sentamos todos e discutimos. É uma coisa bem transparente. Nunca tive problema com ele. Acho que tem tudo para dar certo. Ele faz um excelente trabalho dentro de campo e é um vencedor por onde passou. Se cada um cumpre o seu papel, as coisas vão andar bem. O importante é o jogador jogar o futebol que ele mostrou para ser contratado.
Carências do time
Hoje é um lateral direito, nós temos apenas um do juniores. Temos a necessidade um segundo volante, de um zagueiro. A gente está conversando para buscar também jogadores de frente, para o time ter mais jogadores a disposição. Quanto mais jogadores o treinador tem, ele terá opções de mexer a equipe, para mudar tecnicamente ou por causa de cartão ou contusão.
Jogador que joga bem em outros time e no Uberlândia não
O jogador tem que jogar aquele futebol que ele foi contratado. Nós vamos exigir isto. Não tem nenhum motivo que impede isto. Tudo que um atleta necessita de estrutura, o Uberlândia vai oferecer a ele. A situação de trabalho e a condição financeira, ele tem tudo. Em troca, ele tem que mostrar o futebol dele. Se ele veio pra cá, é porque tem capacidade. Eu falo pra todos os jogadores, não é contrato que segura jogador: é futebol. Se está jogando bem permanece. Se não, vamos trazer outros. O Uberlândia precisa de resultado imediato. Espero que todos possam compreender esta situação. Estamos conversando aos poucos com eles e passando nossa filosofia de trabalho.
Contrato com o UEC
Não fizemos contrato, mas apalavramos, o que tem a mesma validade pra mim como para o Everton. Mas também sempre disse a ele: se estou agradando e estou cumprindo com a a minha obrigação, eu fico aqui. Se ele achar que eu não sirvo mais, não tem nada que ele deve me segurar. Mas, pode ter certeza, estarei aqui todos os dias me dando o máximo. Eu me envolvo muito com as coisas é porque gosto. Não vou ficar aqui dando palpite para treinador. Em Uberaba, eu ajudava o Birigui porque ele me pedia. Eu estou aqui também para ajudar e não gosto de ficar omisso. Uberlândia tem que ser vencedor, não somente eu individualmente. Se Deus quiser, com um trabalho conjunto de todos, vamos fazer um clube vencedor.
Atletas de Minas Gerais ou de fora?
Se você montar um time todo de fora, é um risco muito grande. O ideal é você mesclar jogadores do Estado e ter bons jogadores de fora. É bom ter jogadores do estado porque eles conhecem os campos que vamos jogar, conhecem a arbitragem e isto faz uma diferença muito grande. Vamos tentar achar os bons jogadores. Se for do Estado, ótimo. Se for de fora e for bom, vamos buscar também. Vamos contratar quem a gente conhece e não por DVD. Lógico que a gente pode errar, como erra também São Paulo e Real Madrid, porque jogador pode atravessar fase ruim. Mas vamos tentar errar o mínimo possível.
Estou confiante no trabalho do Marcelo Araxá no Verdão. O Wander da cultura falou muito bem dele. É esperar e torcer para as coisas darem certo
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