A perspectiva de um jogador da base do Verdão

Salve Salve Nação Alviverde

Normalmente, nas conversas que temos sobre um clube de futebol, sempre falam que a solução para resolver os problemas é investir em categorias de base, buscando atletas que identifiquem-se com a camisa do time. Além do mais, o jogador evolui seu futebol de acordo com a proposta de trabalho da agremiação.

O Uberlândia Esporte Clube investe e muito nas categorias de base, dinheiro todo este captado em projetos da Lei de Incentivo ao Esporte em parceria com o Ministério dos Esportes. Mas as categorias de base do Verdão tem sido a solução para o maior problema do clube, que é o futebol? Definitivamente não.

O que era para ser a salvação do time, com jogadores em tese mais baratos e enraizados com o manto sagrado, tem se transformado num verdadeiro celeiro de jogadores para o campeonato amador de Uberlândia. Alguns podem até pressupor que isto acontece porque os jogadores são ruins. Mas será que são mesmo? 

Não acho que todos sejam ruins. Para mim o problema está na falta de aproveitamento. Poucos tem oportunidade efetiva quando saem do júnior e vão para o profissional de mostrarem o seu valor. Os técnicos contratados não querem nem saber de botar jogador vindo de categoria de base para serem testados. Estão sendo pressionados para conseguir os acessos e argumentam que este não é o momento de teste.

Ocorre, porém, que há uma insistência muito grande com jogadores "queridinhos" destes treinadores ou até mesmo da imprensa, mas que mostram futebol fiasquento, como foi o caso neste ano de 2012 dos atacantes Amilton, Robson e André Neles, que ficaram por várias rodadas sendo "testados" e conseguiram fazer apenas um mísero e suado gol.

Me lembro de 2011 quando Eraldo, considerado um atacante matador pela torcida do Verdão, fez cinco amistosos antes da preparação para o mineiro e não fez sequer um gol. Não foi sacado pelo treinador. Mas, quando se trata de jogador vindo da base, os moleques têm que fazer nos 15 minutos finais do segundo tempo o que os bam-bam-bam não conseguiram fazer em vários jogos. Se não conseguem fazer isto neste curto período de tempo são massacrados pela imprensa e a torcida vai na onda e começa a falar que são ruins. 

Se não houver aproveitamento dos jogadores da base no time no profissional é jogar dinheiro fora ou usá-lo para ajudar outros times que foram beneficiados por nossa categoria de base, como é o caso de Joilson (URT) e Wertinho (CAP), ambos que agora não querem mais saber de Uberlândia Esporte e foram jogar na Ituiutabana, onde serão valorizados.

Qual a perspectiva de um jogador das categorias de base do UEC? Marque um x na alternativa correta:

(  ) completar coletivo em treino de profissionais do UEC

(  ) jogar o amador de Uberlândia

(  ) mostrar seu futebol em outras equipes

(  ) voltar a estudar

Está na hora do Uberlândia Esporte Clube ter uma postura drástica em relação a isto, senão é melhor fechar as portas das bases e dedicar exclusivamente no profissional. Chega de plantar e não colher.

Abração a todos,

Renato Rodrigues